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1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(9): e00021923, 2023. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1513916

RESUMO

Abstract: Evidence points to a direct relationship between nutritional quality and food expenditure. However, food expenditure is highly susceptible to changes, and nutritional quality of household food presents limited evidence. The aim of this study was to assess the relationship between nutritional quality available and total food expenditure in Peruvian households, and whether there were differences by area (urban and rural) and between years of the COVID-19 pandemic. For this, we used Peru's National Household Survey (ENAHO) from 2019 and 2020. We assessed total food expenditure in US dollars per day, whereas household nutritional quality available was assessed based on dietary diversity and compliance with the household calorie requirements, percentage of food expenditure, and potential confounders. We used the Student's t-test, analysis of variance (ANOVA), linear regression, and the Wald test to assess the interaction effect. Households with adequate total/partial nutritional quality available by area were found to spend, on average, USD 2.00 more in urban than in rural areas and, by year, they presented 7.1% more percentage of food expenditure in 2020 than in 2019. Despite associations existing between nutritional quality available and total food expenditure by year and study area, the effect modification was only present by study area. In multivariable model, households with adequate total/partial nutritional quality available consistently presented a lower total food expenditure by year, with a lower total food expenditure in urban areas. An inverse relationship was found between nutritional quality available and total food expenditure, in contrast to the direct relationship of studies assessing dietary cost and nutritional quality. Our results reflect the nutritional deficit in the food purchases of Peruvian households.


Resumen: Las evidencian existentes indican una relación directa entre la calidad nutricional y el gasto con alimentos. Sin embargo, los gastos son muy susceptibles a los cambios. Por otro lado, hay pruebas limitadas sobre la calidad nutricional de los alimentos domésticos disponibles. El objetivo de este estudio fue evaluar la relación entre la calidad nutricional disponible y el gasto total en alimentos en los hogares peruanos, y si hubo diferencias por área (urbana y rural) y entre los años de la pandemia del COVID-19. Para ello, se utilizó la Encuesta Nacional de Hogares del Perú (ENAHO) de 2019 y 2020. Se evalúo el gasto total en alimentos en dólares estadounidenses por día, la calidad nutricional disponible por hogar basado en la diversidad dietética y el cumplimiento de los requisitos calóricos por hogar, teniendo en cuenta el porcentaje de gasto alimentario y los posibles factores de confusión. La prueba t de Student, el análisis de varianza (ANOVA), la regresión lineal y la prueba de Wald se utilizaron para evaluar el efecto de interacción. Se encontró que los hogares con la calidad nutricional disponible total/parcial adecuada por área gastan en promedio USD 2,00 más en áreas urbanas que en áreas rurales, y que por año tuvieron el porcentaje de gasto alimentario 7,1% más grande en 2020 que en 2019. Si bien hubo una asociación entre calidad nutricional disponible y gasto total en alimentos por año y área de estudio, la modificación del efecto solo estuvo presente por área de estudio. En el modelo multivariable, los hogares con la calidad nutricional disponible total/parcial adecuada tuvieron consistentemente un gasto total en alimentos más bajo por año, de la misma manera que en áreas urbanas. Se encontró una relación inversa entre calidad nutricional disponible y gasto total en alimentos en contraste con la relación directa de los estudios que evaluaron el costo de la dieta y la calidad nutricional. Los resultados apuntan al déficit nutricional en las compras de alimentos de los hogares peruanos.


Resumo: Evidências revelam uma relação direta entre a qualidade nutricional e os gastos com alimentação. No entanto, essas despesas são altamente suscetíveis a mudanças. Por outro lado, há uma limitação de evidências sobre a qualidade nutricional dos alimentos domésticos disponíveis. O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre a qualidade nutricional disponível e o gasto total com alimentos em domicílios peruanos, e se havia diferenças por área (urbana e rural) e entre os anos da pandemia de COVID-19. Para isso, foi utilizada a Pesquisa Nacional de Domicílios do Peru (ENAHO) de 2019 e 2020. Foram avaliados o gasto total com alimentos em dólares americanos por di e a qualidade nutricional disponível domiciliar com base na diversidade dietética e no cumprimento das necessidades calóricas domiciliares, considerando o percentual de gasto com alimentos e potenciais fatores de confusão. Utilizou-se o teste t de Student, a análise de variância (ANOVA), a regressão linear e o teste de Wald para avaliar o efeito de interação. Os domicílios com a qualidade nutricional disponível total/parcial adequada por área gastaram, em média, USD 2,00 a mais nas áreas urbanas do que nas rurais e tiveram um percentual de gasto com alimentos 7,1% maior em 2020 do que em 2019. Embora tenha sido encontrada uma associação entre a qualidade nutricional disponível e o gasto total com alimentos por ano e área de estudo, a modificação do efeito só estava presente por área de estudo. No modelo multivariável, os domicílios com a qualidade nutricional disponível total/parcial adequada apresentaram consistentemente um gasto total com alimentos menor por ano, assim como em áreas urbanas. Foi encontrada uma relação inversa entre a qualidade nutricional disponível e o gasto total com alimentos, em contraste com a relação direta dos estudos que avaliaram o custo da dieta e a qualidade nutricional. Esses resultados refletem o déficit nutricional nas compras de alimentos das famílias peruanas.

2.
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1515535

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To evaluate the evolution of household availability of regional foods in the state of Amazonas, their distribution according to sociodemographic characteristics, and potential differences when compared to the remaining areas of Brazil. METHODS Data on food acquisition for home consumption from the 2002-2003, 2008-2009, and 2017-2018 Pesquisa de Orçamentos Familiares (POFs - Consumer Expenditure Surveys) were analyzed, covering, respectively, 48,470, 55,970, and 57,920 households in Brazil, of which 1,075, 1,344, and 1,833 are in Amazonas. Foods were categorized into three groups: cassava and its derivatives, freshwater fish, and regional fruits. The study analyzed the amount of regional food purchased, expressed in relative household caloric share, for the entire area of Amazonas. Additionally, the data was stratified and analyzed according to sociodemographic variables, with differences assessed through the overlapping of 95% confidence intervals. FINDINGS The household caloric share of the total regional foods in Amazonas was 22.54% in 2002-2003, 18.18% in 2008-2009, and 6.49% in 2017-2018. Across Brazil, those percentages were much lower in the same period: 3.67%, 3.34%, and 1.82%, respectively. Changes in Amazonas were primarily attributed to the steep drop in the cassava and derivatives group, which decreased from 14.30% in 2002-2003 to 12.74% in 2008-2009 and further declined to 3.09% in 2017-2018. Additionally, there was a gradual decline in household availability of freshwater fish, decreasing from 7.30% in 2002-2003 to 4.85% in 2008-2009 and reaching 2.90% in 2017-2018. Households in rural areas and with lower per capita income presented a higher proportion of calories from total regional foods; this particular stratum also experienced the most significant reductions in their consumption. CONCLUSION During the study period, there was a significant decrease in the consumption of regional foods in Amazonas, particularly in lower income households in rural areas. Among them, the family reference person was typically a younger male with a lower educational background.


RESUMO OBJETIVO Avaliar a evolução da disponibilidade domiciliar de alimentos regionais no Amazonas, sua distribuição segundo características sociodemográficas e potenciais diferenças em relação ao restante do Brasil. MÉTODOS Foram analisados dados de aquisição de alimentos para consumo domiciliar das Pesquisas de Orçamentos Familiares (POFs) de 2002-2003, 2008-2009 e 2017-2018, que estudaram, respectivamente, 48.470, 55.970 e 57.920 domicílios no Brasil, dos quais 1,075, 1.344 e 1.833 estão no Amazonas. Os alimentos foram reunidos em três grupos: macaxeira e derivados, peixes de água doce, e frutos regionais. A quantidade de alimento regional adquirido, expressa em participação calórica relativa domiciliar, foi analisada para o Amazonas como um todo e segundo variáveis sociodemográficas (diferenças avaliadas pela sobreposição dos intervalos de confiança de 95%). RESULTADOS A participação calórica domiciliar do total de alimentos regionais no Amazonas foi de 22,54% em 2002-2003, 18,18% em 2008-2009 e 6,49% em 2017-2018. No Brasil, estes percentuais foram bem menores no mesmo período: 3,67%, 3,34% e 1,82%, respectivamente. As mudanças no Amazonas ocorreram, principalmente, pela drástica redução do grupo de macaxeira e derivados (de 14,30% em 2002-2003 para 12,74% em 2008-2009 e 3,09% em 2017-2018) e pelo declínio gradativo da disponibilidade domiciliar de peixes de água doce (de 7,30% em 2002-2003 para 4,85% 2008-2009 e 2,90% em 2017-2018). Domicílios do meio rural e com menor renda per capita tiveram maior participação calórica do total de alimentos regionais, estratos que também tiveram as maiores reduções. CONCLUSÃO Houve redução significativa da presença de alimentos regionais no Amazonas no período estudado, atingindo principalmente os domicílios da zona rural e com menor renda, cuja pessoa de referência da família era do sexo masculino, mais jovem e com menor escolaridade.


Assuntos
Humanos , Dieta , Ingestão de Alimentos , Comportamento Alimentar , Fatores Sociodemográficos , Inquéritos e Questionários
3.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(8): 3117-3128, ago. 2022. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1384489

RESUMO

Abstract We aimed to analyze the association between sugar-sweetened beverage (SSB) consumption with healthy food markers (HFM) and unhealthy food markers (UFM) as well as their impact on these markers in the Brazilian population's diet. Food consumption during two nonconsecutive days of food records of individuals aged ten years or over were investigated in the National Dietary Survey 2008-2009 (n = 32,900) and the caloric contributions of HFM and UFM were distributed according to the categories of SSB consumption. Multiple linear regression was applied to analyze the associations between the consumption of SSB and the impact of a 50% reduction in portion size and dietary markers. The contribution of energy from HFM was higher among individuals who did not consume SSB. A 50% reduction in the average portion of SSB in the population would imply a 6% decrease in energy contribution to the diet and 12% decrease in total energy from added sugar. It would increase the consumption of HFM and dietary fiber by 7g and 4g, respectively. A 50% reduction in SSB serving size is a strategy that could improve the quality of the diet, increase the consumption of HFM and fiber and reduce the consumption of sugar and UFM.


Resumo Analisar a associação entre o consumo de bebidas adoçadas (BA) e marcadores da alimentação saudável ​​(MAS) e não saudável ​​(MANS), bem como seu impacto sobre esses marcadores na dieta da população brasileira. Os dados de consumo alimentar foram analisados ​​por meio de registros alimentares de dois dias não consecutivos em indivíduos com 10 anos ou mais de idade investigados no Inquérito Nacional de Alimentação (INA) de 2008-2009 (n = 32.900). As BA, as contribuições calóricas dos MAS e MANS foram distribuídas de acordo com as categorias de consumo das BA. A regressão linear múltipla foi aplicada para analisar associações entre o consumo de BA e o impacto de uma redução de 50% no tamanho da porção e marcadores da alimentação. A contribuição da energia dos MAS foi maior entre os indivíduos que não consumiam BA. A redução de 50% na porção média das BA na população implicaria uma diminuição de 6% na contribuição de energia da dieta, de 12% na energia total do açúcar de adição e teria um aumento no consumo de MAS e fibra alimentar em 7g e 4g, respectivamente. A redução de 50% no tamanho da porção das BA seria uma estratégia para melhorar a qualidade da dieta, aumentar o consumo de MAS e fibra e reduzir o consumo de açúcar e MANS.

4.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(7): e00249821, 2022. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1384271

RESUMO

Existing methods for assessing food consumption are subject to measurement errors, especially the underreporting of energy intake, characterized by reporting energy intake below the minimum necessary to maintain body weight. This study aimed to compare the identification of energy intake underreporters using different predictive equations and instruments to collect dietary data. The study was conducted with 101 selected participants in the third wave of the Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil) at the University Hospital of the University of São Paulo. For the dietary assessment, we applied a food frequency questionnaire (FFQ), two 24-hour diet recall (24hR) using the GloboDiet software, and two 24hR using the Brasil-Nutri software. The energy intake underreport obtained from the FFQ was 13%, 16%, and 1% using the equations proposed by Goldberg et al. (1991), Black (2000), and McCrory et al. (2002), respectively. With these same equations, the 24hR described an underreport of 9.9%, 14.9%, and 0.9% respectively with the GloboDiet software and 14.7%, 15.8%, and 1.1% respectively with the Brasil-Nutri software. We verified a low prevalence of underreported energy intake among the three self-report-based dietary data collection methods (FFQ, 24hR with GloboDiet, and Brasil-Nutri). Though no statistically significant differences were found among three methods, the equations for each method differed among them. The agreement of energy intake between the methods was very similar, but the best was between GloboDiet and Brasil-Nutri.


Os métodos existentes para avaliar consumo alimentar estão sujeitos a erros de medição, especialmente à subnotificação de ingestão calórica, que descreve a ingestão calórica abaixo do mínimo necessário para manter o peso corporal. Este estudo buscou comparar a identificação de subnotificações de ingestão calórica através de diferentes equações preditivas e instrumentos para coletar dados dietéticos. Este estudo foi realizado com 101 participantes selecionados na terceira onda do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo. A partir da avaliação dietética, aplicamos um questionário de frequência alimentar (QFA), dois recordatórios de 24 horas (24hR) pelo software GloboDiet e dois 24hR utilizando o software Brasil-Nutri. A subnotificação de ingestão calórica obtida pelo QFA foi de 13%, 16% e 1%, utilizando-se as equações propostas por Goldberg et al. (1991), Black (2000) e McCrory et al. (2002), respectivamente. Com essas mesmas equações, o 24hR achou uma subnotificação de 9,9%, 14,9% e 0,9%, respectivamente, com o software GloboDiet e de 14,7%, 15,8% e 1,1%, respectivamente, com o software Brasil-Nutri. Verificou-se baixa prevalência de ingestão calórica subnotificada entre os três métodos de captação de dados dietéticos por autorrelato (FFQ e 24hR com GloboDiet e Brasil-Nutri). As equações para cada método diferem entre si embora não tenhamos encontrado diferenças estatisticamente significativas entre os três métodos. A concordância de ingestão calórica entre os métodos foi muito semelhante, mas a melhor foi entre a GloboDiet e a Brasil-Nutri.


Los métodos existentes para evaluar el consumo de alimentos están sujetos a errores de medición, especialmente la infradeclaración de la ingesta de energía, caracterizada por la notificación de la ingesta de energía por debajo del mínimo necesario para mantener el peso corporal. El objetivo de este estudio era comparar la identificación de las infradeclaraciones de ingesta energética utilizando diferentes ecuaciones de predicción e instrumentos de recogida de datos dietéticos. El estudio se realizó con 101 participantes seleccionados en la tercera ola del Estudio Longitudinal de Salud del Adulto (ELSA-Brasil) en el Hospital Universitario de la Universidad de São Paulo. Para la evaluación de la dieta, se aplicó un cuestionario de frecuencia de alimentos (QFA), dos recordatorios de dieta de 24 horas (24hR) utilizando el software GloboDiet, y dos 24hR utilizando el software Brasil-Nutri. La infradeclaración de la ingesta energética obtenida del QFA fue del 13%, el 16% y el 1,0% utilizando las ecuaciones propuestas por Goldberg et al. (1991), Black (2000) y McCrory et al. (2002), respectivamente. Con estas mismas ecuaciones, el 24hR describió una infradeclaración del 9,9%, el 14,9% y el 0,9% respectivamente con el software GloboDiet y del 14,7%, el 15,8% y el 1,1% respectivamente con el software Brasil-Nutri. Se verificó una baja prevalencia de ingesta de energía subdeclarada entre los tres métodos de recogida de datos dietéticos basados en el autoinforme (QFA, 24hR con GloboDiet y Brasil-Nutri). Aunque no se encontraron diferencias estadísticamente significativas entre los tres métodos, las ecuaciones de cada uno de ellos diferían entre sí. La concordancia de la ingesta de energía entre los métodos fue muy similar, pero la mejor fue entre GloboDiet y Brasil-Nutri.


Assuntos
Humanos , Adulto , Ingestão de Energia , Dieta , Brasil , Registros de Dieta , Inquéritos sobre Dietas , Inquéritos e Questionários , Estudos Longitudinais
5.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(supl.1): e00119421, 2022. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1374857

RESUMO

This is a cross-sectional population-based study that describes the score of ultra-processed food consumption, applied in the Brazilian National Health Survey performed in 2019, and its association with sociodemographic factors in Brazilian adults (18 years or older). The score of ultra-processed food consumption was calculated by adding up the positive answers about the consumption on the previous day of 10 subgroups of ultra-processed foods frequently consumed in Brazil. The distribution of the score in the population was presented as a count. Poisson regression models were used to evaluate the crude and adjusted associations of scores equal to or higher than five subgroups of ultra-processed foods with urban/rural area, geographic region, sex, age group, schooling level, and wealth index. About 15% of the Brazilian adults reached scores equal to or higher than five. After adjustment for confounders, the prevalence of consuming five or more subgroups of ultra-processed foods decreased linearly with age, increased linearly with wealth quintiles and it was higher in urban areas, in the Southeast and South regions (compared to the others) and in men. Public policies that reduce the consumption of ultra-processed foods with emphasis on strata of the population at the greatest risk are essential and monitoring the score of ultra-processed food consumption across studies and populations will be important to assess the success of these policies.


Estudo transversal de base populacional com objetivo de descrever o escore de consumo de alimentos ultraprocessados, avaliado na Pesquisa Nacional de Saúde em 2019, e sua associação com fatores sociodemográficos em adultos brasileiros (com 18 anos ou mais). O escore de consumo de alimentos ultraprocessados foi calculado, somando as respostas positivas a perguntas sobre o consumo no dia anterior de dez subgrupos de alimentos ultraprocessados, consumidos frequentemente no Brasil. A distribuição da pontuação na população foi apresentada na forma de contagem. Foram utilizados modelos de regressão de Poisson para avaliar as associações brutas e ajustadas para pontuações iguais ou maiores de subgrupos de ultraprocessados, de acordo com situação (urbana/rural), macrorregião, sexo, grupo etário, escolaridade e índice de riqueza. Cerca de 15% dos adultos brasileiros obtiveram pontuações iguais ou superiores a cinco. Após ajustar para fatores de confusão, a prevalência do consumo de cinco ou mais subgrupos de ultraprocessados diminuiu de maneira linear com a idade, aumentou de maneira linear com os quintis de renda e foi mais alta nas áreas urbanas, nas regiões Sul e Sudeste e em homens. São necessárias políticas públicas que reduzam o consumo de alimentos ultraprocessados, com ênfase nos segmentos da população com maior risco. Para avaliar o sucesso dessas políticas, será importante monitorar os níveis de consumo de ultraprocessados entre os diversos estudos e populações.


El objetivo de este estudio transversal, de base poblacional, es describir la puntuación para el consumo de comida ultraprocesada y su asociación con factores sociodemográficos en adultos brasileños (con 18 años de edad o más). Los datos proceden de la Encuesta Nacional de Salud llevada a cabo en 2019. La puntuación para el consumo de comida ultraprocesada se calculó sumando las respuestas positivas a preguntas sobre el consumo el día previo de 10 subgrupos de comidas ultraprocesadas frecuentemente consumidas en Brasil. La distribución de la puntuación en la población se presentó como un dato de conteo. Fueron utilizados modelos de regressioón de Poison para evaluar las asociaciones crudas y ajustadas de puntuaciones iguales a o superiores a cinco subgrupos de comidas ultraprocesadas con áreas urbanas/rurales, región geográfica, sexo, grupo de edad, nivel de escolaridad, e índice de riqueza. Alrededor de un 15% de los adultos brasileños alcanzaron puntuaciones iguales o mayores que cinco. Tras el ajuste para los factores de confusión, la prevalencia del consumo de cinco o más subgrupos de comidas ultraprocesadas decrecío, aumentando linealmente con los quintiles de riqueza y era superior en las áreas urbanas, en las regiones Sur y Sudeste (comparadas con las otras) y en hombres. Son necesarias políticas públicas para reducir el consumo de comidas ultraprocesadas con enfásis en los estratos poblacionales en mayor riesgo. Monitorear la puntuación del consumo de comida ultraprocesada a través de estudios y poblaciones será importante para evaluar el éxito de estas políticas.


Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Dieta , Fatores Sociodemográficos , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Inquéritos Epidemiológicos , Manipulação de Alimentos
6.
Rev. Nutr. (Online) ; 35: e210020, 2022. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1365433

RESUMO

ABSTRACT Objective Food and nutritional evaluation of children can support public policies to combat early overweight and obesity. This study developed and validated a quantitative food frequency questionnaire for assessing the dietary intake of children. Methods This is a cross-sectional study of the development of a food frequency questionnaire for 130 children of both genders aged 7 to 10 years old. For the food frequency questionnaire list, 81 food items were selected. The validity of the food frequency questionnaire was evaluated by comparison with 24-hour recalls and reproducibility was performed by comparing two food frequency questionnaires. Results Most of the foods with 95% relative contribution were ultra-processed, such as packaged snacks and powdered juice. In validation, correlation coefficients were found between 0.45 (p<0.000) for lipids and 0.37 (p<0.000) for carbohydrates. An adjustment for energy reduced the correlations, but there was an increase in the correlation in calcium (r=0.75) and retinol (r=0.20). In terms of reproducibility, all macronutrients and calcium showed a satisfactory intraclass correlation coefficient (>0.400) and moderate correlations [proteins (0.54; p<0.000) and lipids (0.41; p<0.000)]. Conclusion The food frequency questionnaire developed was valid and able to assess the local food consumption by children from northeastern Brazil.


RESUMO Objetivo A avaliação alimentar e nutricional de crianças pode subsidiar políticas públicas de combate ao sobrepeso e à obesidade precoce. Este estudo desenvolveu e validou um questionário quantitativo de frequência alimentar para avaliação do consumo alimentar de crianças de 7 a 10 anos. Métodos Trata-se de um estudo transversal do desenvolvimento de um questionário de frequência alimentar que avaliou 130 crianças de ambos os sexos com idades entre 7 e 10 anos. Para a lista do questionário, foram selecionados 81 itens alimentares. A validade do instrumento foi avaliada por meio da comparação com recordatórios de 24 horas e a reprodutibilidade foi realizada pela comparação de dois questionários de frequência alimentar. Resultados A maioria dos alimentos com 95% de contribuição relativa foi ultraprocessada, como salgadinhos embalados e suco em pó. Na validação, foram encontrados coeficientes de correlação entre 0,45 (p<0,000) para lipídios e 0,37 (p<0,000) para carboidratos. Um ajuste para energia reduziu as correlações, mas houve um aumento na correlação de cálcio (r=0,75) e retinol (r=0,20). Em termos de reprodutibilidade, todos os macronutrientes e o cálcio apresentaram coeficiente de correlação intraclasse satisfatório (>0,400) e correlações moderadas [proteínas (0,54; p<0,000) e lipídios (0,41; p<0,000)]. Conclusão O questionário de frequência alimentar desenvolvido é válido e foi capaz de avaliar o consumo alimentar local de crianças do Nordeste do Brasil.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Nutrientes , Inquéritos sobre Dietas/estatística & dados numéricos , Ingestão de Alimentos , Transição Nutricional
7.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(2): 665-676, Fev. 2022. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1356073

RESUMO

Abstract Longitudinal study, whose objective was to evaluate of the time trend in food consumption across the 2002-2015 period in schoolchildren aged 7 to 11 years, covered five food surveys in Florianopolis, southern Brazil. Methodological differences across the surveys (typical vs. previous day food consumption, pen-and-paper versus computer screen presentation) and some known risk factors, were adjusted for statistically. Offset by maximum food/beverage consumption per day allowed comparability of a varying number of food components in a food group over survey years. Significant reduction in some healthy (fruits and animal proteins) and unhealthy diet markers (sodas, sugary drinks, sweets) was observed over the 2013-2015 period compared with the 2002 and 2007 data. Computer screen presentation of the food questionnaire systematically reduced the reporting frequency compared to the pen-and-paper presentation. Converting frequency reports into rates and using contrast analysis allowed time trend estimation based on food questionnaires with different presentation modes, varying number of items within food group over survey years, and variations in probabilistic sampling procedures.


Resumo Estudo longitudinal cujo objetivo foi avaliar a tendência temporal do consumo alimentar no período 2002-2015 em escolares de 7 a 11 anos, abrangendo cinco inquéritos alimentares em Florianópolis, Sul do Brasil. Foi ajustado para diferenças metodológicas (consumo alimentar típico vs. dia anterior, caneta e papel vs. apresentação no computador) e alguns fatores de risco. A compensação pelo consumo máximo de alimentos/bebidas por dia permitiu a comparabilidade de um número variável de componentes de alimentos em um grupo de alimentos ao longo dos anos da pesquisa. Foi observada redução em alguns marcadores de dieta saudável (frutas e proteínas animais) e não saudáveis (refrigerantes, bebidas açucaradas, doces) no período de 2013-2015, em comparação com os dados de 2002 e 2007. A apresentação do questionário alimentar na tela do computador reduziu sistematicamente a frequência de relatórios em comparação com a apresentação em papel e caneta. A conversão de relatórios de frequência em taxas e o uso de análise de contraste permitiram a estimativa de tendência de tempo com base em questionários de alimentos com diferentes modos de apresentação, número variável de itens dentro do grupo de alimentos ao longo dos anos da pesquisa e variações nos procedimentos de amostragem probabilística.


Assuntos
Dieta , Comportamento Alimentar , Brasil , Inquéritos e Questionários , Estudos Longitudinais , Frutas
8.
Estud. interdiscip. envelhec ; 26(2): 7-34, dez.2021. tab.
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1418021

RESUMO

A difusão de padrões alimentares ditos "não saudáveis" são fatores de risco independentes para as Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Considerando essa importância, foi realizada uma revisão integrativa com o objetivo de analisar as evidências científicas atuais que retratam a qualidade da dieta do idoso no Brasil e seus fatores associados. O levantamento bibliográfico abrangeu publicações brasileiras, no período de 2011 a 2020, nas bases de dados LILACS e Pubmed, sendo selecionados ao final da pesquisa documental 18 documentos originais. Os resultados apontaram que a dieta da população idosa brasileira encontra-se monótona e pobre em nutrientes, sendo um potencial fator de risco para o desenvolvimento e/ou agravamento de doenças. Deve-se, portanto, enfatizar a importância do desen-volvimento de novos estudos, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste, a fim de subsidiar o planejamento de políticas públicas voltadas à alimentação e nutrição desse grupo populacional. Ações concentradas nesse sentido poderão contribuir, sobremaneira, com a promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida da população envelhecida.(AU)


The propagation of unhealthy eating patterns is an independent risk factor for Chronic Noncommunicable diseases. Given this importance, an integrative review was conducted, and has as aim to analyze the current scientific evidence that portrays the quality of the elderly's diet in Brazil and its associated factors. The biblio-graphic survey covered Brazilian publications, from 2011 to 2020, in the LILACS and Pubmed databases; 18 original documents were selected after the review. The articles showed that the diet of the elderly Brazilian is monotonous and poor in nutrients, being a poten-tial risk factor for the development and/or worsening of diseases. Therefore, it is necessary to emphasize the importance of developing new es, mainly in the North, Northeast and Midwest regions for the purpose of subsidizing the planning of public policies for food and nutrition for this population group. Targeted actions in this direc-tion may contribute, significantly, with the promotion of health and improvement of the quality of life of elderly.(AU)


Assuntos
Idoso , Inquéritos sobre Dietas , Ingestão de Alimentos
9.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(11): 5805-5816, nov. 2021. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1350456

RESUMO

Resumo O objetivo deste estudo foi caracterizar a quantidade e a variedade de frutas e hortaliças adquiridas nos domicílios brasileiros em 2008-09 e 2017-18 e segundo regiões e classes de rendimento em 2017-18. Foram utilizados dados das Pesquisas de Orçamentos Familiares referentes a disponibilidade domiciliar de frutas e hortaliças. A quantidade anual per capita adquirida de cada item alimentar foi transformada em valores diários. Foram descritas as médias da quantidade absoluta (grama/per capita/dia) e relativa de cada tipo de fruta e hortaliça para o Brasil (nos dois períodos) e segundo regiões e renda (em 2017-18). Verificou-se baixa aquisição de frutas e hortaliças para o Brasil (54,4 g e 42,7 g em 2008-09; 49,7 g e 37,4 g em 2017-18, respectivamente), e em todas as regiões e classes de renda analisadas. O Sul apresentou a maior aquisição e o Norte a menor; a quantidade adquirida aumentou com o aumento da renda. Seis tipos de frutas (banana prata, maçã, banana d'água, laranja pera, melancia e mamão) e três de hortaliças (tomate, cebola e cenoura) representaram mais de 50% da aquisição total no Brasil, sendo semelhante em todos os estratos analisados. A aquisição de frutas e hortaliças no Brasil foi baixa e apresentou pouca variação. Esse cenário se reproduziu em todas as regiões e faixas de renda.


Abstract The objective of this study was to establish the quantity and variety of fruit and vegetables (FV) available in Brazilian households in 2008-09 and 2017-18, and according to regions and income classes in 2017-18. Data from the Household Budget Surveys were used regarding household availability of fruit and vegetables. The annual per capita amount of each food item purchased was transformed into daily amounts. The absolute (gram/per capita/day) and the relative average quantities of each type of FV in Brazil (in both periods), and according to region and income (in 2017-18), were analyzed. An insufficient quantity of fruit and vegetables purchased in Brazil (54.4 g and 42.7 g in 2008-09; 49.7 g and 37.4 g in 2017-18, respectively) in all regions and income classes was verified. The South represented the highest amount purchased, while the North revealed the lowest; the quantity of FV increased as income increased. Six varieties of fruit (banana, apple, plantain, orange, watermelon, and papaya) and three types of vegetables (tomato, onion, and carrot) represented more than 50% of the total acquisition in Brazil, which was similar for all strata analyzed. The acquisition of fruit and vegetables in Brazil was low and featured little variation. This scenario was the same for all regions and income brackets.


Assuntos
Humanos , Verduras , Frutas , Brasil , Dieta , Comportamento Alimentar
10.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(9): 4153-4161, set. 2021. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1339579

RESUMO

Resumo Foi avaliado o consumo de fibras alimentares no Brasil e sua relação com a ingestão de alimentos ultraprocessados. Foram utilizados dados de consumo alimentar, via registro alimentar de 24 horas, com indivíduos de idade ≥10 anos (n=34.003) oriundos da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. Os alimentos foram divididos em grupos: in natura ou minimamente processados, ingredientes culinários processados, processados e ultraprocessados, estimando-se sua contribuição para o consumo de fibras. Verificou-se a relação entre quintos de consumo de ultraprocessados (avaliado pelo % do total de energia consumida) e teor médio de fibras na dieta (g/1.000kcal), e a prevalência de inadequação no consumo de fibras. Alimentos in natura ou minimamente processados apresentaram densidade de fibras significativamente maior do que os ultraprocessados e corresponderam à majoritária contribuição percentual de fibras na dieta, notavelmente a partir do arroz e feijão. Indivíduos do maior quintil de consumo de ultraprocessados tiveram 1,5 vez mais chance de apresentar ingestão de fibras inadequada. O consumo de ultraprocessados impactou negativamente na ingestão de fibras. Reduzir o consumo desses alimentos pode trazer benefícios à qualidade da dieta brasileira.


Abstract The consumption of dietary fiber in Brazil and its relationship with the intake of ultra-processed foods was evaluated. The analysis used food consumption data, with a 24-hour food record of residents aged ≥10 years (n=34.003) from the 2008-2009 Family Budgets Survey. The food products were divided into groups: in natura or minimally processed ingredients; processed culinary ingredients; processed and ultra-processed ingredients. The contribution of each food group and selected subgroups to the total fiber intake, the relation between quintiles of ultra-processed foods (evaluated by the % of total energy intake), average dietary fiber content (g/1,000kcal), and the prevalence of inadequate fiber consumption, was estimated. In natura or minimally processed foods revealed significantly higher fiber density than ultra-processed foods and corresponded to the majority percentile contribution of dietary fiber, notably derived from rice and beans. Individuals in the largest quintile of ultra-processed consumption were 1.5 times more likely to ingest inadequate fiber intake. The consumption of ultra-processed foods had a negative impact on fiber intake. Reducing the consumption of these foods can bring benefits to the quality of the Brazilian diet.


Assuntos
Humanos , Fibras na Dieta , Fast Foods , Brasil , Ingestão de Energia , Estudos Transversais , Dieta , Manipulação de Alimentos
11.
Rev. saúde pública (Online) ; 55: 39, 2021. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS, BBO - Odontologia | ID: biblio-1289974

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE Assess two validity evidences of the diet quality scale (ESQUADA) for the selection of items with better discrimination of the Brazilians' diet quality and propose a description in score levels. METHODS Brazilian adolescents and adults residing in the country (n = 2,059) answered an online questionnaire with 52 items, shared on social networks and email lists between March and April 2018. Statistical tests were applied to analyze the validity and reliability of the instrument's evidence. Factor analysis was applied to study the dimensionality of the questionnaire items. Item response theory was applied to identify the discrimination and location of items on the continuum, construct the scale and assess the differential item functioning in terms of sex and age. RESULTS Among the 52 items of the questionnaire, 25 had greater measurement accuracy, with adequate adjustment and reliability. The item on the habit of eating ultra-processed foods at home showed the best discrimination of diet quality. No item showed differential functioning regarding sex and age. In the construction of the ESQUADA, five diet quality levels were identified: very poor, poor, good, very good and excellent. It was observed that while breakfast cereals and/or cereal bars are more frequently consumed by individuals with "very poor" diet quality; nuts and/or walnuts are most often consumed by those individuals with "excellent" diet quality. CONCLUSION The ESQUADA consists of 25 precise items with no differential functioning to assess the quality of Brazilians' diet. The construction of the ESQUADA made it possible to recognize food consumption and dietary practices characteristic of each level of diet quality.


RESUMO OBJETIVO Avaliar duas evidências de validade da escala de qualidade da dieta (ESQUADA) para seleção dos itens com melhor discriminação da qualidade da dieta dos brasileiros e propor uma descrição em níveis de escore. MÉTODOS Adolescentes e adultos brasileiros e residentes no país (n = 2.059), responderam a um questionário on-line com 52 itens, compartilhado em redes sociais e listas de correio eletrônico entre março e abril de 2018. Foram aplicados testes estatísticos para análise de evidências de validade e confiabilidade do instrumento. A análise fatorial foi aplicada para estudo da dimensionalidade dos itens do questionário. A teoria de resposta ao item foi aplicada para identificar a discriminação e localização dos itens no continuum , construir a escala e avaliar o comportamento diferencial dos itens quanto ao sexo e idade. RESULTADOS Dentre os 52 itens do questionário, 25 apresentaram maior precisão de medida, com ajuste e confiabilidade adequados. O item sobre o costume de comer alimentos ultraprocessados em casa apresentou a melhor discriminação da qualidade da dieta. Nenhum item apresentou comportamento diferencial quanto a sexo e idade. Na construção da ESQUADA foram identificados cinco níveis de qualidade da dieta: "muito ruim", "ruim", "boa", "muito boa" e "excelente". Observou-se que enquanto cereais matinais e/ou barrinhas de cereais são consumidos com maior frequência por indivíduos com qualidade da dieta "muito ruim"; castanhas e/ou nozes são consumidos mais frequentemente por aqueles indivíduos com qualidade da dieta "excelente". CONCLUSÕES A ESQUADA é composta por 25 itens precisos e sem comportamento diferencial para avaliar a qualidade da dieta dos brasileiros. A construção da ESQUADA possibilitou reconhecer consumo e práticas alimentares característicos de cada nível de qualidade da dieta.


Assuntos
Humanos , Adolescente , Adulto , Dieta , Brasil , Inquéritos e Questionários , Reprodutibilidade dos Testes , Análise Fatorial
12.
Rev. saúde pública (Online) ; 55: 13, 2021. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS, BBO - Odontologia | ID: biblio-1289979

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To describe the Nova score for the consumption of ultra-processed foods (UPF) and evaluate its potential in reflecting the dietary share of UPF in Brazil. METHODS This study was conducted in São Paulo with a convenience sample of 300 adults. Using a tablet, participants answered a 3-minute electronic self-report questionnaire on the consumption of 23 subgroups of UPF commonly consumed in Brazil, regarding the day prior the survey. Each participant score corresponded to the number of subgroups reported. The dietary share of UPF on the day prior to the survey, expressed as a percentage of total energy intake, was calculated based on data collected on a 30-minute complete 24-hour dietary recall administered by trained nutritionists. The association between the score and the dietary share of UPF was evaluated using linear regression models. The Pabak index was used to assess the agreement in participants' classification according to the fifths of Nova score and the fifths of dietary share of UPF. RESULTS The average dietary share of UPF increased linearly and significantly with the increase of the Nova score for the consumption of ultra-processed foods. We found a substantial agreement in participants' classification according to the fifths of the distribution of scores and the fifths of the dietary share of UPF (Pabak index = 0.67). Age was inversely associated with a relatively high frequency of UPF consumption (upper fifth of the distribution) for both score and dietary share of UPF. CONCLUSION The Nova score for the consumption of ultra-processed foods, obtained in a quick and practical manner, shows a good potential in reflecting the dietary share of UPF in Brazil.


RESUMO OBJETIVO Descrever o escore Nova de consumo de alimentos ultraprocessados e avaliar seu potencial para refletir, no contexto brasileiro, a participação desses alimentos na dieta. MÉTODOS Estudo realizado na cidade de São Paulo com amostra de conveniência de 300 adultos, que responderam, em cerca de três minutos, em um tablet, a um questionário eletrônico de autorrelato sobre o consumo, no dia anterior, de 23 subgrupos de alimentos ultraprocessados comumente consumidos no Brasil. O escore de cada participante correspondeu ao número de subgrupos reportados. A participação de alimentos ultraprocessados no consumo alimentar do mesmo dia, expressa como percentual da ingestão total de energia, foi calculada por meio das respostas dos participantes a recordatório alimentar completo de 24 horas aplicado em cerca de 30 minutos por nutricionistas treinados. A associação entre o escore e a participação de ultraprocessados na dieta foi estudada por modelos de regressão linear. A concordância na classificação dos participantes segundo quintos do escore e quintos da participação de alimentos ultraprocessados na dieta foi avaliada pelo índice Pabak. RESULTADOS O percentual médio de participação de alimentos ultraprocessados na dieta aumentou linear e significativamente com o aumento do escore Nova de consumo de alimentos ultraprocessados. Observou-se concordância substancial na classificação dos participantes segundo quintos da distribuição do escore e quintos da distribuição do percentual de participação de alimentos ultraprocessados na dieta (índice Pabak = 0,67). Relação inversa da idade com a frequência de consumo relativamente elevado de alimentos ultraprocessados (quinto superior da distribuição) foi observada tanto para o escore quanto para a participação de alimentos ultraprocessados na dieta. CONCLUSÃO O escore Nova de consumo de alimentos ultraprocessados, obtido de forma rápida e prática, apresenta bom potencial para refletir, no contexto brasileiro, a participação desses alimentos na dieta.


Assuntos
Humanos , Adulto , Fast Foods , Manipulação de Alimentos , Brasil , Ingestão de Energia , Dieta
13.
Rev. saúde pública (Online) ; 55(supl.1): 1s-9s, 2021. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS, BBO - Odontologia | ID: biblio-1352198

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE: To describe the evolution of food consumption by the Brazilian population in 2008-2009 to 2017-2018. METHODS: Data from the National Dietary Surveys of 2008-2009 and 2017-2018 were used. Both surveys estimated food consumption of two non-consecutive days of individuals aged 10 years or older. The first survey collected consumption data from 34,003 individuals through food records; the second, obtained data from 46,164 individuals, through 24-hour recalls. The twenty most frequently reported food groups in the two surveys were identified. The probability of consumption of each food group in the two surveys was estimated according to sex, age and income. This study presents the foods that had a change in the frequency of consumption of 5% or higher between the two surveys. The probability of consumption was corrected for intra-individual variability using the method developed by the National Cancer Institute. RESULTS: Rice, beans, coffee, bread, vegetables and beef remained the staple Brazilian diet, ranking as the six most consumed items in both surveys. Ultra-processed foods such as sweet/stuffed cookies, savory cookies, processed meats and carbonated drinks also remained among the 20 most consumed foods. Trend analyses showed, regardless of gender, age and income range, a decrease in the consumption of rice, beans, beef, bread, fruit, milk and dairy, processed meats and carbonated drinks, and an increase in the consumption of sandwiches. CONCLUSION: The Brazilian diet is still characterized by consumption of traditional foods, such as rice and beans, and by high frequency of consumption of ultra-processed foods, such as cookies and carbonated drinks. However, between the years of 2008-2009 and 20172018, there was a decrease in the consumption of rice, beans, beef, bread, fruit, milk and dairy, processed meats and carbonated drinks, but an increase in the consumption of sandwiches. The results show a decrease in quality in the Brazilian diet.


RESUMO OBJETIVO: Descrever a evolução do consumo alimentar da população brasileira de 2008-2009 a 2017-2018. MÉTODOS: Foram utilizados dados dos Inquéritos Nacionais de Alimentação de 2008-2009 e 2017-2018, que estimaram o consumo alimentar de dois dias não consecutivos de indivíduos com 10 anos ou mais de idade. O primeiro inquérito colheu dados de consumo de 34.003 indivíduos por meio de registro alimentar; o segundo, de 46.164 indivíduos, por meio de recordatório de 24 horas. Identificaram-se os 20 grupos de alimentos mais frequentemente referidos nos dois inquéritos. A probabilidade de consumo de cada um dos grupos de alimentos nos dois inquéritos foi estimada segundo sexo, idade e renda. No presente estudo, são apresentados os alimentos que tiveram mudança igual ou superior a 5% na frequência de consumo entre os dois inquéritos. A probabilidade de consumo foi corrigida para a variabilidade intraindividual, utilizando método desenvolvido pelo National Cancer Institute. RESULTADOS: Arroz, feijão, café, pães, hortaliças e carne bovina permaneceram como base da alimentação dos brasileiros, sendo os seis itens mais consumidos em ambos os inquéritos. Alimentos ultraprocessados, como biscoitos doces/recheados, biscoitos salgados, carnes processadas e refrigerantes, também se mantiveram entre os 20 alimentos mais consumidos. As análises de tendência evidenciaram, independentemente de sexo, idade e faixa de renda, a diminuição do consumo de arroz, feijão, carne bovina, pães, frutas, laticínios, carnes processadas e refrigerantes, e o aumento da ingestão de sanduíches. CONCLUSÃO: A dieta do brasileiro permanece caracterizada pelo consumo de alimentos tradicionais, como arroz e feijão, e pela frequência elevada de ingestão de alimentos ultraprocessados, como biscoitos e refrigerantes. No entanto, entre os anos de 2008-2009 e 2017-2018, observou-se redução no consumo de arroz, feijão, carne bovina, pães, frutas, laticínios, carnes processadas e refrigerantes, mas aumento no consumo de sanduíches. Os resultados sinalizam piora na qualidade da alimentação do brasileiro.


Assuntos
Humanos , Verduras , Dieta , Brasil , Inquéritos sobre Dietas , Comportamento Alimentar , Fast Foods
14.
Rev. saúde pública (Online) ; 55(supl.1): 1s-9s, 2021. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS, BBO - Odontologia | ID: biblio-1352199

RESUMO

ABSTRACT OBJETIVE: To present particular characteristics of two Brazilian National Dietary Surveys (Inquéritos Nacionais de Alimentação - INA) and the methodology used to better compare their data. METHODS: This study details the differences between both INA conducted by the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) in 2008-2009 and 2017-2018. We present the alterations in data collecting methods and food composition tables as well as the analysis strategies recommended to obtain such data. A validation study with 95 participants of the third wave of the Longitudinal Study of Adult Health assessed the measurement error associated with the procedures adopted in the 24-hours dietary recall of INA 2017-2018. The reference standards were urinary protein recovery, sodium, and potassium biomarkers. Different strategies were used in the analysis of INA to compare two essential dietary items that had their collection method changed: fats and sugars. RESULTS: The validation study indicated lower underreport in the most recent survey with higher means of energy intake. The correlation of means for the 24-hours recalls with their respective biomarkers was 0.58 for proteins, 0.31 for potassium, and 0.30 for sodium. Comparing the food composition tables used in both surveys with the data obtained by INA 2008-2009, the mean variation of energy, macronutrients, and minerals was lower than 15%, except for trans fats and selenium, which had means 40% and 52% lower in the Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA - Brazilian Food Composition Table). INA 2017-2018 presents lower means for added sugar, using a generic question about the frequency of sugar consumption as a measure for sugar as an additional item. CONCLUSION: The methodological changes promoted in the most recent INA enhanced food groups and nutrients intake estimation, adding detailed and specific data in dietary habits reports.


RESUMO OBJETIVO: Apresentar particularidades dos dois Inquéritos Nacionais de Alimentação (INA) e o processo metodológico empregado para comparação dos dados. MÉTODOS: O estudo detalha as diferenças entre os INA realizados pelo IBGE em 2008-2009 e em 2017-2018, apresentando as alterações nos métodos de coleta de dados e nas tabelas de composição dos alimentos, assim como as estratégias de análise recomendadas para comparação dos dados. Um estudo de validação foi realizado com 95 participantes da terceira onda do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto a fim de avaliar o erro de medição associado aos procedimentos adotados nos recordatórios de 24 horas do INA 2017-2018. Empregaram-se biomarcadores de recuperação urinária de proteínas, sódio e potássio como padrões de referência. Na análise dos INA, diferentes estratégias foram elaboradas para comparar dois itens importantes do consumo alimentar que sofreram mudanças na forma de coleta: as gorduras e os açúcares. RESULTADOS: O estudo de validação do instrumento indicou menor sub-relato no inquérito mais recente, com maiores médias de ingestão de energia. A correlação das medidas dos recordatórios de 24 horas com os respectivos biomarcadores foi de 0,58 para proteínas, 0,31 para potássio e 0,30 para sódio. Comparando as tabelas de composição utilizadas nos dois inquéritos com os dados obtidos no INA 2008-2009, a variação média de energia, macronutrientes e minerais foi menor que 15%, com exceção das gorduras trans e selênio, com médias 40% e 52% menores na TBCA. No INA 2017-2018, as médias do consumo de açúcar de adição foram menores, usando a informação do açúcar reportado como item de adição comparada com a pergunta genérica sobre a frequência do uso do açúcar. CONCLUSÃO: As mudanças metodológicas incluídas no INA atual permitiram aprimorar as estimativas de consumo de grupos de alimentos e nutrientes, acrescentando informações mais detalhadas e específicas aos relatos do consumo alimentar.


Assuntos
Humanos , Adulto , Ingestão de Energia , Dieta , Brasil , Inquéritos sobre Dietas , Estudos Longitudinais
15.
Rev. saúde pública (Online) ; 55(supl.1): 1s-11s, 2021. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS, BBO - Odontologia | ID: biblio-1352202

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVES To identify dietary patterns among Brazilian adults based on the National Dietary Surveys (INA - Inquéritos Nacionais de Alimentação) in 2008-2009 and 2017-2018, and to verify in the second period the adherence to the patterns according to sociodemographic factors and Brazilian regions. METHODS We analyzed the first of two days of adults' food consumption (19-59 years) in INA data from 2008-2009 (n = 21,630) and 2017-2018 (n = 28,901). Dietary patterns were derived by exploratory factor analysis from 19 food groups, considering the complexity of the sample design. We evaluated the factor scores according to sex, age group, region, per capita income, and education for the INA data in 2017-2018. RESULTS We identified three patterns in the two surveys: (1) "traditional", characterized by rice, beans, and meat; (2) "breads and butter/margarine", characterized by breads, oils, and fats (including margarine/butter) and, coffee and teas in 2008-2009; and (3) "western", characterized by sodas, pizzas, snacks, flour, pasta, and sweets in 2017-2018. The "traditional" pattern had greater adherence among men, residents of the Midwest region and individuals with incomplete primary education. "Bread and butter/margarine" pattern had greater adherence among males, individuals aged between 40 and 59 years, from the Southeast region, and with income between 1 and 2 minimum wages per capita. Male individuals, aged between 19 and 39 years, from the South region, with per capita income greater than two minimum wages, and education level equal to or greater than primary education showed greater adherence to the "western" pattern. CONCLUSION The dietary patterns identified in 2008-2009 and 2017-2018 were similar, and we observed the maintenance of the "traditional" pattern, which includes rice, beans, and meat. Adherence to the dietary patterns varies according to sex, age group, region, per capita income, and education level.


RESUMO OBJETIVOS Identificar padrões alimentares entre adultos brasileiros a partir dos Inquéritos Nacionais de Alimentação (INA) 2008-2009 e 2017-2018, verificando, nesse último período, a aderência aos padrões de acordo com fatores sociodemográficos e regiões brasileiras. MÉTODOS Foram analisados dados do primeiro de dois dias de consumo alimentar de adultos (19-59 anos de idade) entrevistados nos INA 2008-2009 (n = 21.630) e 2017-2018 (n = 28.901). Os padrões alimentares foram derivados por análise fatorial exploratória a partir de 19 grupos de alimentos, considerando a complexidade do desenho amostral. Para o INA 2017-2018, os escores fatoriais foram avaliados de acordo com sexo, faixa etária, região, renda per capita e escolaridade. RESULTADOS Foram identificados três padrões nos dois inquéritos: (1) "tradicional", caracterizado por arroz, feijão e carnes; (2) "pães e manteiga/margarina", caracterizado por pães, óleos e gorduras (incluindo margarina/manteiga) e, em 2008-2009, café e chás; e (3) "ocidental", caracterizado por refrigerantes e pizzas e salgados, além de farinhas e massas e doces em 2017-2018. O padrão "tradicional" teve maior aderência entre homens, moradores da região Centro-Oeste e indivíduos com ensino fundamental incompleto. Para o padrão "pães e manteiga/margarina", observou-se maior aderência entre o sexo masculino, indivíduos com idade entre 40 e 59 anos, da região Sudeste e com renda entre 1 e 2 salários-mínimos per capita. Indivíduos do sexo masculino, com idades entre 19 e 39 anos, da região Sul, com renda per capita maior que dois salários-mínimos e escolaridade igual ou maior que o ensino fundamental foram os que apresentaram maior adesão ao padrão "ocidental". CONCLUSÃO Os padrões alimentares identificados em 2008-2009 e 2017-2018 foram similares, com manutenção do padrão "tradicional", que inclui arroz, feijão e carnes. A adesão aos padrões varia de acordo com sexo, faixa etária, região, renda per capita e escolaridade.


Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Comportamento Alimentar , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Estudos Transversais
16.
Rev. saúde pública (Online) ; 55(supl.1): 1s-11s, 2021. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS, BBO - Odontologia | ID: biblio-1352204

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To describe the evolution of out-of-home food consumption in Brazil in 2008-2018. METHODS We used the 2008-2009 and 2017-2018 data from the Inquéritos Nacionais de Alimentação (INA - National Food Surveys), conducted amid 34,003 and 46,164 individuals, to estimate the frequency of out-of-home food consumption and the contribution of this consumption to specific foods. Food consumption was analyzed using food records in the 2008-2009 INA and 24-hour recalls in 2017-2018. Estimates were generated for Brazil in general, for urban and rural areas, for age groups (adolescent, adult, elderly), and for income bracket. RESULTS The frequency of out-of-home consumption decreased by 8.8% between the two surveys, with no change in the rural area, in the Northeast and South regions, and for the lowest income brackets. We observed a slight increase among the elderly and in the Midwest region. The contribution of out-of-home food consumption to daily energy intake also decreased (16.3% vs. 12.7%), excepting the rural area, where there was a reduction in the difference in relation to the urban area between the two surveys. For most items evaluated, the out-of-home food consumption decreased. The most consumed out-of-home food were alcoholic beverages, fried and baked snacks, soft drinks, pizza, sweets, and sandwiches in both surveys. CONCLUSION In 10 years, the prevalence of food consumption and the percentage of contribution of out-of-home food decreased in Brazil, but ultra-processed foods still figure as the most consumed food group outside the home.


RESUMO OBJETIVO Descrever a evolução do consumo de alimentos fora do domicílio no Brasil no período 2008-2018. MÉTODOS Foram usados dados dos Inquéritos Nacionais de Alimentação (INA) de 2008-2009 e 2017-2018, realizados com 34.003 e 46.164 indivíduos, respectivamente, para estimar a frequência de consumo de alimentos fora de casa e a contribuição desse consumo para alimentos específicos. O consumo de alimentos foi investigado por meio de registros alimentares no INA 2008-2009 e de recordatórios 24 horas em 2017-2018. As estimativas foram geradas para o Brasil como um todo, para áreas urbana e rural, para faixas de idade (adolescente, adulto, idoso) e para faixas de renda. RESULTADOS A frequência de consumo fora de casa diminuiu 8,8% entre os dois inquéritos, sem alteração na área rural, nas regiões Nordeste e Sul e nas menores faixas de renda. Houve leve aumento entre idosos e na região Centro-Oeste. De modo geral, a contribuição do consumo alimentar fora de casa para a ingestão diária de energia também diminuiu (16,3% vs. 12,7%), com exceção da área rural, onde houve redução da diferença em relação à área urbana entre os dois inquéritos. O consumo de alimentos fora de casa foi reduzido para a maioria dos itens avaliados. Os alimentos mais consumidos fora de casa em ambos os inquéritos foram as bebidas alcoólicas, salgadinhos fritos e assados, refrigerantes, pizzas, doces e sanduíches. CONCLUSÃO Em 10 anos, a prevalência de consumo de alimentos e o percentual de contribuição dos alimentos consumidos fora de casa diminuíram no Brasil, mas os alimentos ultraprocessados ainda figuram como o grupo de alimento mais consumido fora de casa.


Assuntos
Humanos , Adolescente , Adulto , Idoso , Comportamento Alimentar , Lanches , Brasil , Ingestão de Energia , Inquéritos sobre Dietas , Dieta , Fast Foods , Alimentos
17.
Rev. saúde pública (Online) ; 55(supl.1): 1s-21s, 2021. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS, BBO - Odontologia | ID: biblio-1352205

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE: To assess the evolution of energy and nutrient intake and the prevalence of inadequate micronutrients intakes according to sociodemographic characteristics and Brazilian regions. METHODS: The food consumption of 32,749 individuals from the National Dietary Survey of the Household Budget Survey 2008-2009 was analyzed by two food registries, as well as 44,744 subjects from two 24-hour recalls in 2017-2018. Usual intake and percentage of individuals with consumption below the average recommendation for calcium, magnesium, phosphorus, copper and zinc, vitamins A, C, D, E, thiamine, riboflavin, pyridoxine and cobalamin were estimated. Sodium intake was compared to the reference value to reduce the risk of chronic diseases. Analyses were stratified by sex, age group, region and income. RESULTS: Mean daily energy intake was 1,753 kcal in 2008-2009 and 1,748 kcal in 2017-2018. The highest prevalence of inadequacy (> 50%) in the two periods were calcium; magnesium; vitamins A, D and E; pyridoxine and, only among adolescents, phosphorus. There was an increase in the prevalence of inadequate vitamin A, riboflavin, cobalamin, magnesium, and zinc among women, and riboflavin among men. The prevalence of inadequacy decreased for thiamine. Sodium intake was excessive in approximately 50% of the population in both periods. The highest variations (about 50%) in the prevalence of inadequacy between the lowest and highest income (< 0.5 minimum wage and > 2 minimum wages per capita) were observed for vitamin B12 and C in both periods. The North and Northeast regions had the highest prevalence of inadequacy. CONCLUSION: Both surveys found high prevalence of inadequate nutrient intake and excessive sodium intake. The inadequacy varies according to income strata, increasing in the poorest regions of the country.


RESUMO OBJETIVO: Avaliar a evolução da ingestão de energia e nutrientes e a prevalência de inadequação da ingestão de micronutrientes segundo características sociodemográficas e regiões brasileiras. MÉTODOS: Foi analisado o consumo alimentar de 32.749 indivíduos do Inquérito Nacional de Alimentação da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2008-2009, por dois registros alimentares, e de 44.744 indivíduos a partir de dois recordatórios de 24 horas em 2017-2018. Estimaram-se a ingestão usual e o percentual de indivíduos com consumo abaixo da necessidade média para cálcio, magnésio, fósforo, cobre e zinco, vitaminas A, C, D, E, tiamina, riboflavina, piridoxina e cobalamina. A ingestão de sódio foi comparada ao valor de referência para reduzir risco de doenças crônicas. As análises foram estratificadas por sexo, faixa etária, região e renda. RESULTADOS: A ingestão energética diária média foi de 1.753 kcal em 2008-2009 e 1.748 kcal em 2017-2018. As prevalências de inadequação mais elevadas (> 50%) nos dois períodos foram de cálcio, magnésio, vitaminas A, D e E, piridoxina e, somente entre adolescentes, fósforo. Houve aumento na prevalência de inadequação de vitamina A, riboflavina, cobalamina, magnésio e zinco entre as mulheres, e de riboflavina entre os homens. A prevalência de inadequação diminuiu para a tiamina. A ingestão de sódio foi excessiva em aproximadamente 50% da população nos dois períodos. As variações mais altas (cerca de 50%) nas prevalências de inadequação entre os extremos de renda (< 0,5 salário-mínimo e > 2 salários-mínimos per capita) foram observadas para vitamina B12 e C nos dois períodos. As regiões Norte e Nordeste apresentaram maiores prevalências de inadequação. CONCLUSÃO: Ambos os inquéritos verificaram prevalências elevadas de inadequação de ingestão de nutrientes e consumo excessivo de sódio. A inadequação varia de acordo com os estratos de renda, aumentando nas regiões mais pobres do país.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Ingestão de Energia , Ingestão de Alimentos , Brasil/epidemiologia , Inquéritos sobre Dietas , Micronutrientes , Dieta , Necessidades Nutricionais
18.
Arq. gastroenterol ; 57(2): 144-149, Apr.-June 2020. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1131653

RESUMO

ABSTRACT BACKGROUND: Adequate fiber intake is associated with digestive health and reduced risk of several noncommunicable diseases and is recognized as essential for human health (World Health Organization, 2003). The World Health Organization (WHO) recommends a daily fiber consumption of ≥25 g, but previous studies observed a fiber intake in Brazil lower than recommended. OBJECTIVE: We aimed to describe fiber intake among adults in Brazil and also respondents' knowledge and perceptions about their fiber intake. METHODS: National online survey with community-dwelling Brazilian individuals. The survey was conducted during September 2018, using an online platform with closed-ended questions. A representative sample of Brazilian internet users stratified by sex, age, socioeconomic status and geographic region was adopted. Sample size was calculated using a 2% error margin and 95% confidence interval (n=2,000). Data was descriptively analyzed using measures of frequency, central tendency and dispersion. RESULTS: Sample included 2,000 individuals who were well-balanced in terms of sex (51.2% female), with mean age of 35.9 years (most represented age group was 35-54 years, 39.6%) and from all country geographic regions (49.4% from Southeast). A total of 69.7% of them consider their usual diet as healthy and 78.4% reported consuming fibers regularly. Fibers from natural sources are consumed at least once a day by 69.5% of the sample, while daily fiber supplements were reported by 29.9%. Absence of regular fiber intake was reported by 21.7% of respondents and the most common reason was "lack of knowledge about fiber sources" (39.3%). When informed about the food sources of each type of fiber (soluble and insoluble) and asked about the regular intake, only 2.5% answered that they do not consume any of them regularly (as opposed to 21.7% before receiving information about specific fiber sources). CONCLUSION: Our findings indicate that fiber intake in Brazil is probably insufficient with a high proportion of individuals reporting irregular or absent ingestion of fiber sources in their daily lives. Lack of knowledge about fiber sources and fiber types seems to play a role in this inadequate intake, highlighting the need for nutritional education to achieve healthy dietary patterns in the country.


RESUMO CONTEXTO: A adequada ingestão de fibras está diretamente associada à saúde digestiva e é reconhecida como essencial à saúde humana (World Health Organization, 2003). A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda consumo diário de fibras de ≥25 g, mas estudos prévios observaram uma ingesta de fibras no Brasil abaixo do recomendado. OBJETIVO: Descrever a ingestão, o conhecimento e as percepções sobre o consumo de fibras entre adultos brasileiros. MÉTODOS: Inquérito nacional online com indivíduos brasileiros na comunidade. O inquérito foi conduzido em setembro de 2018, usando uma plataforma online com questões fechadas. Uma amostra representativa dos usuários de internet no Brasil estratificada por sexo, idade, status socioeconômico e região geográfica foi utilizada. O tamanho da amostra foi calculado usando uma margem de erro de 2,0% em um intervalo de confiança de 95% (n=2.000). Os dados foram analisados descritivamente usando medidas de frequência, tendência central e dispersão. RESULTADOS: A amostra incluiu 2.000 indivíduos equilibrados em termos de sexo (51,2% mulheres), com idade média de 35,9 anos (faixa etária mais representada foi 35-54 anos, 39,6%) e de todas as regiões geográficas do país (49,4% do Sudeste). Dos respondentes, 69,7% consideram sua dieta usual como saudável e 78,4% relataram consumir fibras regularmente. Fibras de fontes naturais são consumidas pelo menos uma vez ao dia por 69,5% da amostra, enquanto que suplementos de fibras, por 29,9%. O não consumo regular de fibras foi relatado por 21,7% dos respondentes e a causa mais comum para tal foi "falta de conhecimento sobre fontes de fibras" (39,3%). Quando informados sobre fontes de fibra de cada tipo (solúvel e insolúvel) e interrogados sobre a ingestão regular, apenas 2,5% responderam não consumir nenhuma delas regularmente (por oposição a 21,7% antes de receberem informação sobre fontes específicas de fibras). CONCLUSÃO: Nossos achados indicam que a ingestão de fibras no Brasil é provavelmente insuficiente com uma alta proporção de indivíduos relatando consumo ausente ou irregular de fontes de fibras no cotidiano. Falta de conhecimento sobre fontes e tipos de fibras parece desempenhar um papel relevante nesta ingestão inadequada, reforçando a necessidade de educação nutricional para alcançar padrões alimentares saudáveis no país.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Fibras na Dieta/estatística & dados numéricos , Brasil , Ingestão de Energia , Inquéritos Nutricionais , Inquéritos e Questionários , Dieta/estatística & dados numéricos , Ingestão de Alimentos
19.
Rev. saúde pública (Online) ; 54: 19, 2020. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1058898

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To analyze the consumption of ultra-processed foods in the Colombian population across sociodemographic factors. METHODS We used data from the 2005 National Survey of the Nutritional Status in Colombia. Food consumption was assessed using a 24-hour food recall in 38,643 individuals. The food items were classified according to the degree and extent of industrial processing using the NOVA classification. RESULTS The mean calorie contribution of ultra-processed foods ranged from 0.2% in the lowest quintile of consumers to 41.1% in the highest quintile of consumers. The greatest increases were due to the consumption of industrialized breads, sweet and savory snacks, sugary drinks, processed meats, and confectionery. No major differences were found in the consumption of ultra-processed foods between men and women. We observed significant differences by age, socioeconomic status, area of residence, and geographic region. Children and adolescents showed a higher intake of ultra-processed foods, almost double that of participants over 50 years of age. Children consumed significantly more snacks, confectionery products, processed cereals, milk-based drinks and desserts. Participants over 50 years consumed fewer products from these sub-groups of ultra-processed foods but had the highest consumption of industrialized bread. Individuals from urban areas, those with high socioeconomic status, participants residing in the Bogotá region had 1.5 to 1.7 times higher calorie intake from ultra-processed foods compared with those from a lower socioeconomic status and those residing in rural regions. CONCLUSION In Colombia, industrialized bread is the ultra-processed product that is most easily assimilated into the traditional diet, along with snacks and sugary drinks. Children and adolescents residing in urban areas and households with greater purchasing power have some of the highest intakes of ultra-processed foods in the country.


RESUMEN OBJETIVO Analizar el consumo de alimentos ultraprocessados en la población colombiana según factores sociodemográficos. MÉTODOS Se usaron datos de la Encuesta Nacional de la Situación Nutricional en Colombia del año 2005. El consumo de alimentos se evaluó por medio de recordatorio 24 horas en 38.643 individuos. Los ítems alimentarios se clasificaron según el grado y extensión de procesamiento industrial usando la propuesta NOVA. RESULTADOS La contribución promedio de calorías de los alimentos ultraprocesados varió del 0,2% en el primer quintil al 41,1% en el ultimo quintil. Los mayores incrementos se dieron por el consumo de panes industrializados, snacks dulces y salados, las bebidas azucaradas, las carnes procesadas y los productos de confitería. No hubo grandes diferencias en el consumo de alimentos ultraprocesados entre hombres y mujeres. Se observaron diferencias significativas por edad, estatus socioeconómico, área de residencia y región geográfica. Los niños y adolescentes presentaron mayor ingesta de alimentos ultraprocesados, casi el doble que los participantes mayores de 50 años. Los niños consumieron significativamente mayor cantidad de snacks, productos de confitería, cereales procesados, bebidas a base de leche y postres. Mientras que los participantes mayores de 50 años consumieron menor cantidad de productos de estos subgrupos de alimentos ultraprocesados, pero tenían el consumo más alto de pan industrializado. Los habitantes urbanos, con alto estatus socioeconómico, que residían en la región de Bogotá tenían entre 1,5 a 1,7 más veces de ingesta calórica de alimentos ultraprocesados en comparación con sus contrapartes de bajo estatus socioeconómico, y sus contrapartes rurales. CONCLUSIÓN En Colombia, el pan industrializado es el alimento ultraprocesado más fácilmente asimilable en la dieta tradicional, junto con los snacks y las bebidas azucaradas. Los niños y adolescentes residentes en zonas urbanas y hogares con mayor poder adquisitivo fueron más vulnerables en el consumo de alimentos ultraprocesados.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Fatores Socioeconômicos , Inquéritos sobre Dietas , Dieta/economia , Colômbia , Pessoa de Meia-Idade
20.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 24(7): 2411-2418, jul. 2019. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1011843

RESUMO

Abstract It was assessed the intake and prevalence of inadequate nutrient intake according to weight status among Brazilian adults from urban areas (n=16,198) evaluated in the Brazilian National Dietary Survey (NDS - 2008-2009), that obtained food records from two non-consecutive days. The prevalence of inadequate nutrient intake according to weight status was estimated based on Brazilian and international recommendations, in which usual intake was estimated applying the National Cancer Institute method. From 14 nutrients evaluated, six differed according to weight status in men, and only two among women. For men, the mean proportion of energy derived from lipids and saturated fat and mean intake of cholesterol, zinc, and vitamin B12 were greater among those with excess weight compared to those with normal weight; the inverse was observed for dietary fiber. Mean sodium intake was greater and proportion of energy from added sugar intake was lower among obese women compared to overweight ones. Strategies to encourage food consumption with high micronutrient density should be targeted to adult population regardless of their weight status.


Resumo Avaliou-se a ingestão e a prevalência de ingestão inadequada de nutrientes segundo a condição de peso em adultos brasileiros de áreas urbanas (n = 16.198) investigados no Inquérito Nacional de Alimentação (INA 2008-2009), que obteve o registro alimentar de dois dias não consecutivos. A prevalência de inadequação da ingestão de nutrientes foi estimada segundo a condição de peso e com base em recomendações brasileiras e internacionais, sendo a ingestão usual estimada pelo método do National Cancer Institute. Dos 14 nutrientes avaliados, seis diferiram segundo a condição de peso em homens e apenas dois entre as mulheres. Para os homens, a proporção média de energia proveniente dos lipídios e da gordura saturada e a ingestão média de colesterol, zinco e vitamina B12 eram mais elevadas para aqueles com excesso de peso do que entre os que tinham peso normal; o inverso foi observado para fibra dietética. A ingestão média de sódio foi maior e a proporção de ingestão de energia proveniente do açúcar de adição foi menor entre as mulheres obesas comparadas àquelas com sobrepeso. Estratégias para incentivar o consumo de alimentos com alta densidade de micronutrientes devem ser dirigidas à população adulta independentemente da sua condição de peso.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Ingestão de Energia , Sobrepeso/epidemiologia , Comportamento Alimentar , Obesidade/epidemiologia , População Urbana/estatística & dados numéricos , Peso Corporal , Brasil , Fatores Sexuais , Inquéritos sobre Dietas , Micronutrientes/administração & dosagem
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